- Este Sábado fomos até à Feira Nacional do Cavalo na Golegã ver como estavam os ares, mal chegamos tivemos a desilusão do pouco movimento, quando em anos anteriores pela volta das 11:00h da manhã já não se podia andar na Rua com tanto transito que havia, depois de estacionar e sofrer um pequeno incidente com a Câmara Fotográfica, fomos caminhando em direcção a manga, e mais uma desilusão, pois tirando meia dúzia de pessoas que passava de vez em quando, os que ali estavam eram "miúdos acabados de parir", e desculpem a expressão, estendidos no meio do chão a dormir com altas camadas em cima, já para não falar nos que estavam acordados que o único que ali faziam era ser mal criados e rudes, passando cenas tristes e menos desejadas, chegamos então a manga, foi ai que chegámos a mais um tópico do conjunto Desilusão, quando em outros anos as 11:00h da manhã já estava a manga repleta de cavaleiros, agora esta teria nada mais que 6 ou 7, com cavalos coitados, que já estavam mais rebentados que rebentados, de terem passado uma noite dura sem dormir, e sem merecer qualquer tipo de respeito ou consideração.
- Passando esses momentos decidimos ir almoçar, para que pela tarde pudesse-mos passear a Golegã de barriga cheia, feito isso, assim o fizemos, bebemos o cafezito da ordem e la fomos nós...
Pela parte da tarde, em termos de gente e cavalos melhorou bastante, mas, não querendo ser retrógrado nem querendo julgar ninguém, melhorou em quantidade, porque a qualidade, tanto nas pessoas como nos pobres cavalos, deixam muito a desejar.
Isto porquê!? Já me contavam antepassados meus, igualmente aficionados a este mundo, que antigamente, na Feira da Golegã, era quando se usava aquela roupinha melhorzita que estava todo o ano encaixotada para não se estragar, as pessoas preocupavam-se com a aparência, e mesmo que não tivessem muito dinheiro, sempre tinham um trapinho melhorzito para passear na Feira da Golegã, hoje, nesta geração a rasca, chega-se a ver a rapaziada montados nos cavalos em plena Manga, com calções de piscina e até chinelo se preciso, não se respeita a indumentária típica portuguesa, desde tipos com sombrero à espanhola e traje português, e gente com traje à espanhola montado em arreios a Portuguesa, em fim um "espanholamento" que se tem vindo a notar cada vez mais...
- Passando aos Cavalos, que para tudo dependem da forma como os donos os tratam, como antigamente os marialvas se preocupavam em mostrar o melhor cavalo, mais arranjado, mais bonito e brilhante, hoje em dia parece ser ao contrário, parece que "todos" querem competir pelo cavalo mais sujo e escabriado, pelo pobre animal mais coxo, pois é uma vergonha a quantidade de cavalos que passam na manga a ser judiados que se nota de longe o quão coxos estão, alguns que não basta trazer um montado na sela ainda tem de trazer outro a garupa, em fim é caso para dizer, uma besta em cima de outra...
- Bom vamos deixar as coisas más, como é óbvio, nem todos os casos são iguais aos de acima relatados, pois também havia muita gente boa, aficionada ao cavalo, e respeitadora da Feira da Golegã... reluzem-nos os olhos ao ver alguns cavalos, Puros Sangue Lusitanos lindos, com pelos brilhantes, com um relinchar majestoso, com autênticos "bailes Toureiros", são esses os que fazem compensar tudo o que disse acima, quando o relinchar do cavalo se envolve com o cheiro das Castanhas enquanto se ouve um belo de um fadinho, é isso que me deixa com saudades da Golegã que à 4 ou 5 anos, se fazia notar a diferença daquela que é a Feira de hoje em dia, tirando esses lapsos menos desejáveis, foi um dia bem passado com a minha companheira, tirando o incidente da Maquina Fotográfica, e que para o ano lá estejamos, esperando que presenciando uma Feira já um pouco melhor...
Saudações, Diogo Ferreira
(Deixamos aqui uma pequena Galeria de Fotografias que devido ao sucedido com a maquina, tiveram que ser tiradas com a humilde câmara fotográfica do telefone.)